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Desenvolvimento Organizacional

A equipe deve sempre estar no centro de decisões

Dentro da premissa do trabalho da Fundação Tide Setubal no enfrentamento das desigualdades socioespaciais, ao considerar a centralidade que raça e gênero têm nesse cenário, a composição da equipe de funcionárias/os deve refletir essa realidade.

Identificou-se esse aspecto por meio do censo realizado internamente pelo Comitê de Diversidade e Inclusão, cujo processo foi capitaneado pela equipe de Desenvolvimento Organizacional da Fundação – e as 26 pessoas que compõem a equipe responderam ao questionário.

O time tem paridade racial de acordo com a classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): 51% da equipe é negra, ao passo que 49% se descreve como branca.

Ainda, 65% das pessoas que dão cara à Fundação Tide Setubal autodeclaram-se mulheres, enquanto 4% se identificam como travestis e 31%, homens. Em nível etário, 12% tinham entre 20 e 29 anos em 2021; 42%, entre 30 e 39 anos; 40% estavam na casa dos 40 aos 49 anos e 8% compunham o segmento que tinham entre 50 e 70 anos.

No que diz respeito à territorialidade, 69% dos integrantes da equipe consideraram-se como pessoas de origem periférica – ao passo que 31% responderam negativamente.

Plano pela evolução

Em 2021, o Plano de Desenvolvimento da Equipe (PDE) foi realizado por duas vezes de forma online, e a dinâmica para aplicá-lo mostrou ser uma evolução do que havia sido feito no ano anterior.

Desenvolvida para promover o progresso e o aprimoramento de habilidades das/os colaboradoras/es, assim como estabelecer um ambiente propício para a cooperação e potencialização do trabalho das respectivas equipes, a iniciativa foi baseada na reflexão sobre cinco aspectos:

  • articulador/agregador: capacidade da/o profissional de trabalhar em equipe, buscando iniciativas estratégicas e inovações nos círculos, e de coordenar equipes na perspectiva de harmonizar todos os atos e esforços coletivos e relacionamentos;
  • inovação: capacidade para abrir-se a novidades e assumir riscos com autonomia, estimulando um ambiente de aprendizagem, criativo e inovador, para viabilizar a mudança organizacional;
  • adaptabilidade: adaptar-se às condições favoráveis e desfavoráveis, como as relacionadas a fatores econômicos, tecnológicos e culturais;
  • relacionamento interpessoal: cultivar boa relação com os colegas da equipe ou de áreas e programas diversos nas questões voltadas ao dia a dia profissional.

Teoria para aplicar na prática

Anualmente, a equipe da Fundação Tide Setubal participa de um calendário de formações voltadas à ampliação e ao aprimoramento do conhecimento sobre temas com os quais atua. Em 2021, o time passou por seis encontros realizados com foco nas temáticas do Programa Cidades e Desenvolvimento Urbano. Na programação, estiveram:

  • Pensando as Cidades do Sul Global, com a antropóloga Teresa Caldeira, professora titular do Department of City and Regional Planning da Universidade da Califórnia, em Berkeley (EUA);
  • Da Periferia às Periferias: Padrões Periféricos do Crescimento Urbano a partir de São Paulo Metrópole, Paula Freire Santoro, arquiteta urbanista e professora na disciplina de Planejamento Urbano da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP);
  • Relação da Produção Cultural com as Periferias, com Daniela Vieira dos Santos, professora adjunta de Sociologia no Departamento de Ciências Sociais da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e pesquisadora sobre as formas e experiências culturais periféricas;
  • Planejamento Urbano e Direito à Cidade, com Tainá de Paula, vereadora do Rio de Janeiro, arquiteta e urbanista e ativista das lutas urbanas;
  • O Papel da Habitação no Processo de Transformação das Periferias e sua Integração aos Demais Eixos de Bem-Estar Urbano, com Evaniza Rodrigues, assistente social, mestre em Arquitetura e Urbanismo e atuante na elaboração de propostas de políticas públicas e capacitação em processos com autogestão;

Formas de Representação da Cidade com Base nos Resultados Parciais da Pesquisa “Cartografia Experimental de Territórios Populares”, com Raquel Rolnik, professora da FAUUSP, e Pedro Rezende, pesquisador do Laboratório Espaço Público e Direito à Cidade da FAUUSP (LabCidades).