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Desenvolvimento Organizacional

Diversidade e inclusão têm papel central na organização

A diversidade e a inclusão são dois aspectos norteadores dentro do modo como a Fundação Tide Setubal atua no enfrentamento das desigualdades em campos diversos.

Em 2021, a área de Desenvolvimento Organizacional pôs em prática uma série de ações para reforçar o papel central que a diversidade e a inclusão têm no trabalho realizado pela Fundação. Esse pensamento vale para influenciar organizações parceiras, o campo do Investimento Social Privado (ISP) e prestadoras/es de serviços a seguir esses mesmos passos.

A sistematização dessa lógica foi organizada por meio da Política de Diversidade e Inclusão da Fundação Tide Setubal. Lançado no início do ano, o documento foi idealizado pelo Comitê de Diversidade e Inclusão – e o processo foi liderado pela área de Desenvolvimento Organizacional e pelo Programa Raça e Gênero da Fundação.

O material tem como objetivo definir regras e compromissos que devem pautar a atuação das/os colaboradoras/es no combate a todas as formas de discriminação e preconceito, além de ter como foco a promoção da inclusão de todas as pessoas, independentemente de raça, gênero, orientação sexual, identidade de gênero, capacidade e origem nacional ou territorial. Os tópicos incluídos na publicação contextualizam também aspectos da desigualdade e exclusão relacionados à desigualdade dentro desses mesmos segmentos.

O desenvolvimento, a divulgação e a aplicação dos conteúdos disponíveis na Política de Diversidade e Inclusão, assim como as conversas proporcionadas pela equipe do Comitê, foram fatores determinantes para identificar sinais de influência e sensibilização entre outras organizações.

Por meio de reuniões com outros institutos e organizações e também via divulgação do material, pôde-se identificar que seis dessas mesmas instituições iniciaram ou avançaram na implementação de diretrizes e no desenvolvimento de seus próprios materiais voltados à centralidade da diversidade e da inclusão dos seus respectivos trabalhos.

Da porta para dentro

Em 2021, o Comitê de Diversidade e Inclusão da Fundação Tide Setubal organizou três formações para a sua equipe com base na Política de Diversidade e Inclusão. Uma delas, que teve como facilitador Lucas Bulgarelli, diretor do Instituto Matizes – Pesquisa e Educação para Equidade, mestre em Antropologia, coordenador do Núcleo de Estudos em Diversidade da OAB-SP e membro da Comissão de Diversidade Sexual e de Gênero da mesma instituição, abordou assuntos relacionados à comunidade LGBTQIAP+.

Outra atividade dentro desse escopo foi relativa à masculinidade e combate à opressão de gênero, que foi conduzida por Fabio Sousa, psicoterapeuta de abordagem junguiana e criador do coletivo Ressignificando Masculinidades, grupo que promove conversas entre homens para abordar questões e demandas das masculinidades contemporâneas; e Flávio Urra, sociólogo, mestre em Psicologia Social e coordenador do E Agora, José? Pelo Fim da Violência contra a Mulher, projeto socioeducativo que desenvolve trabalho com homens autores de violência doméstica contra as mulheres em Santo André (SP).

Por fim, a terceira formação de 2021, que abordou aspectos relacionados à branquitude, foi realizada por Lilia Moritz Schwarcz, antropóloga, historiadora e professora da Universidade de São Paulo (USP).

Acolher para incluir

Outra ação colocada em prática em 2021 foi a criação do Canal de Acolhimento. O espaço, cuja implementação acontece em 2022, tem como objetivo proteger direitos e realizar encaminhamentos para resolução de episódios de preconceito e discriminação envolvendo a equipe da Fundação Tide Setubal.

O canal consiste em um ambiente para conscientização e sensibilização sobre aspectos relacionados à promoção da equidade, ao mostrar como a temática contribui para o desenho de estratégias voltadas ao combate às modalidades diversas de discriminação.

Vale destacar que, em virtude da autonomia do canal e para garantir a isonomia na análise de casos durante o cotidiano, a equipe que vai compor o espaço será diferente da que faz parte do Comitê de Diversidade e Inclusão. Ainda, os membros passarão por formações relativas ao trabalho a ser desenvolvido e haverá um/a consultor/a externa/o para participar desses mesmos processos.