Pular para o conteúdo

Programas
de Influência

Cidadania e território caminham juntos

A premissa segundo a qual o território importa é um aspecto norteador, em diversos campos, para o trabalho da Fundação Tide Setubal no enfrentamento das desigualdades. Isso deve-se ao fato de que vulnerabilidades e disparidades sociais passam pela correlação entre território, discriminação racial, distribuição do orçamento público, enfraquecimento da democracia, entre outros fatores.

Desse modo, o objetivo estratégico da Fundação, por meio do Programa Cidades e Desenvolvimento Urbano, é garantir a melhoria da infraestrutura urbana para contribuir com o desenvolvimento sustentável do território. E algumas ações para colocar esse propósito em prática consiste em estimular:

  • o desenvolvimento de soluções alternativas de infraestrutura urbana adequadas ao contexto das periferias;
  • o desenvolvimento de modelos teóricos e práticos do papel do capital privado.

Uma das iniciativas para alcançar esse propósito e promover articulações entre atores diversos da sociedade civil, o poder público e o campo do Investimento Social Privado (ISP) foi o desenvolvimento da Teoria da Mudança, que serviu como base para a publicação A Lupa na Cidade: Painel de Indicadores e Desenvolvimento de Áreas Urbanas Vulneráveis, produzida pelo Insper Metricis – Núcleo para Medição de Impacto Socioambiental, sob o financiamento da Fundação Tide Setubal e do Itaú Social.

A publicação mostra como as definições da Teoria da Mudança permitem estabelecer estratégias e indicadores para possibilitar políticas e ações de impacto para, então, ocorrer a realização de iniciativas com base nos macrotemas definidos – uma vez que todos eles estejam conectados, agir sobre esses aspectos permitirá que se alavanque o desenvolvimento territorial.

Dada a escala e a complexidade dos problemas em áreas urbanas vulneráveis, a metodologia integra nove teorias de mudança temáticas em uma só, em que são evidenciadas as inter-relações entre diferentes macrotemas, como educação, infraestrutura e emprego e renda, produzindo 37 resultados para o desenvolvimento do território e para a melhoria da qualidade de vida da população local.

Ao apresentar um conjunto abrangente de atividades e produtos que podem ser mobilizados para o alcance de diferentes resultados, essa teoria da mudança oferece um amplo mapa de intervenção para o desenvolvimento territorial, demonstrando de forma clara a teia de relações entre os diferentes macrotemas e sinalizando como diferentes atores podem se envolver para produzir um resultado potencializado. Em adição, a ferramenta traz uma lista completa das evidências que sustentam as inter-relações entre os diferentes macrotemas, apoiando o gestor em escolhas mais consistentes e com respaldo teórico.

O material retrata também, entre outros pontos, as vulnerabilidades e os problemas críticos em áreas urbanas, com a leitura e observação detalhada de problemas estruturais nos seguintes bairros de São Paulo: Jardim Lapena, na zona leste; Pinheirinho d’Água, na zona noroeste; e Parque Novo Mundo, na zona norte.

Além disso, o material promove reflexão sobre os casos do Recife (PE) e de Medellín, na Colômbia, cujos exemplos mostram êxitos no enfrentamento de tais vulnerabilidades, assim como a estruturação de oito macrotemas que apresentam os problemas enfrentados em áreas periféricas que estão interconectados:

  • segurança pública;
  • emprego e renda;
  • educação;
  • capital social;
  • saúde pública;
  • infraestrutura básica;
  • moradia;
  • mobilidade urbana.